Muitos se revelam numa linguagem corporal, tom de voz, ganham requintes bem pensados. Tivemos inúmeros exemplos na recente campanha dos candidatos no primeiro turno. Claro que nós adulamos e sorrimos diariamente com olhar inocente para manter uma boa conduta com o próximo.
Como escreveu o jornalista Carpinejar: “A gente desconfia mais das verdades do que das mentiras. - e isso é um modo de inspirar novos enganos”.
Sempre quando pretendemos ser donos da verdade, de tudo, e de si mesmo, a impossibilidade nos alcança, ficamos restritos, acuados, impossibilitados. Sempre é difícil admitir culpas.
Quando somos sinceros com palavras, gestos, apontando verdades e caminhos, somos taxados de conservadores, altivos, querendo produzir impressão.
No aspecto dual, entre a verdade e a mentira, temos a sinceridade, que garante a liberdade do indivíduo. “Os românticos no século 19, no Brasil, eram eufóricos por liberdade, como Machado de Assis que escreveu: ”A mentira muitas vezes é tão involuntária como a respiração”. Também o português Fernando Pessoa numa das suas citações: ”Não sei quem sou que alma tenho. Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo“.
Por fim, acredito que a mentira jamais procede da verdade, mas ser sincero, dizer o que pensa em todas as questões relativas à vida, é difícil.
( Por: Eduardo Stein Teixeira, advogado - DP)
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