10. Primeiro pai
Aproveitando que o Papa Bento XVI está nas manchetes por abdicar, algo
que foi feito pela última vez na Idade Média, que tal darmos uma
repassada nos papas mais intrigantes e curiosos da história? Desde um
cadáver que foi a julgamento a um papa que subiu ao pontificado 3 vezes,
aqui estão 10 dos mais interessantes líderes da Igreja Católica:
Ele pregou na Ásia Menor antes de ir para Roma, onde viveu 25 anos,
quando o Imperador Nero Augusto César crucificou-o. Diz a lenda que ele
pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por se achar indigno de
morrer como Jesus. Apesar de ser considerado o primeiro Papa, ele nunca
teve este título durante sua vida.
9. Abdicando
O primeiro papa a abdicar foi Ponciano, que foi o chefe da igreja entre
os anos 230 e 235. Diferente de seus predecessores, Ponciano não foi
martirizado, mas sentenciado a trabalhos forçados nas minas da Sardenha
pelo Imperador Maximino Trácio, que estava perseguindo os cristãos,
particularmente os chefes da igreja. O papa abdicou voluntariamente para
evitar que a igreja experimentasse um vácuo no poder, de acordo com a
Enciclopédia Católica.
8. Tempos melhores
O século seguinte foi um tempo duro para a Igreja Católica, com
perseguição de cristãos e martírio de vários líderes da igreja. Mas, em
313, o Imperador Constantino colocou oficialmente um fim à perseguição.
O Papa Silvestre I foi o primeiro a viver neste mundo menos perigoso,
mas quando Constantino organizou o Concílio de Nicéia, para definir a
doutrina oficial cristã, Silvestre resolveu ficar de fora, enviando
emissários, de acordo com o livro “Absolute Monarchs”. O Credo Niceno é
considerado a primeira declaração oficial de fé dos cristãos.
7. Pacificador
O Papa Leão I, que reinou do 461 a 468, pode ter sido mais famoso pelo
trabalho que fazia antes de ascender ao papado: o antigo aristocrata e
então bispo convenceu o temido Átila, o Huno, a não saquear Roma. É
possível que Leão tenha oferecido a Átila alguma quantia em ouro, ou
então o guerreiro usou o encontro como uma desculpa para retornar,
atendendo a seus próprios objetivos estratégicos.
Outra possibilidade é que o papa tenha apelado para os medos
supersticiosos de Átila, de morrer logo depois do saque, como aconteceu
com Alarico I (rei de uma tribo de Godos) depois de saquear Roma décadas
antes, de acordo com o livro “Absolute Monarchs”.
6. Cadáver em julgamento
O Papa Formoso encabeçou a Igreja Católica de 891 a 896, e seu reinado
foi marcado por batalhas políticas e lutas internas. Ele sofreu
excomunhão 20 anos antes de se tornar Papa, mas foi absolvido mais
tarde. Após sua morte, seu cadáver foi exumado, levado a julgamento e
condenado por não ser digno do papado. Todos seus editos papais foram
considerados inválidos, os dedos que ele usou para fazer os sacramentos
foram arrancados, e ele foi jogado no rio Tibre.
5. Outros Bentos
O Papa atual não é o único Bento a renunciar. Durante uma época
tumultuosa da história da Igreja Católica conhecida como saeculum
obscurum (“idade das trevas”, às vezes chamado de “pornocracia” ou
“governo de meretrizes”), os papas se entregaram à corrupção e à
venalidade, e eram aliados a alguma família aristocrática. Cansado
disso, o povo de Roma resolveu elevar Bento V à mais alta posição em
964. Mas o fundador do Sacro Império Romano, Rei Oto I, não quis saber
disso e elegeu um antipapa, Leão VIII. Bento V escolheu renunciar alguns
meses depois da eleição (nestes tempos caóticos, não era incomum
haverem dois papas eleitos).
O próximo Bento, Papa Bento VI, também viu seu reinado ter um fim
ignominioso: quando o Rei Otto morreu em 974, Bento VI foi preso e
executado pelo seu antipapa sucessor.
4. O Tri-Papa
Outro papa Bento, Papa Bento IX, foi papa três vezes. Ele primeiro
ascendeu ao papado em 1032 como resultado de conexões familiares, com a
tenra idade de 20 anos, de acordo com a Enciclopédia Católica.
Entretanto, ele levou uma vida imoral e dissoluta. Em 1044, a cidade de
Roma elegeu um antipapa. Bento IX conseguiu substituir o antipapa, mas
abdicou – depois de vender o papado a outro sacerdote. Antes de morrer,
ele se tornou papa mais uma vez, mas por pouco tempo.
3. Papa grávido?
Diz a lenda que de 855 a 877, um Papa João era na verdade uma mulher. A
história, contada por um monge dominicano chamado Martinho em 1265 e
vários outros, alega que o Papa João era uma garota que foi trazida a
Atenas em roupas de homem, de acordo com “Absolute Monarchs”. Ela
estudou e se tornou mestre, mas ficou grávida e teve o parto durante uma
procissão da igreja. Entretanto, o caos da época e as discrepâncias
entre as diferentes histórias sugerem que a Papisa Joana talvez nunca
tenha existido.
2. Reinados curtos
Muitos
dos homens que foram escolhidos para o papado não tiveram a chance de
esquentar a cadeira. O Papa Stephen foi eleito em 752, mas morreu alguns
dias depois sem ter sido consagrado. O Papa Dâmaso II ascendeu ao
papado em 1048, depois de várias lutas políticas, mas faleceu 23 dias
depois. Celestino IV, que foi eleito em 1241, faleceu 16 dias depois –
muito cedo para sua coroação. E o Papa Urbano VII, que morreu depois de
12 dias no ano 1590, foi o papa de mais curto reinado da história da
Igreja Católica.
A igreja também teve vários períodos sem papa reinando. Estes períodos,
conhecidos como “interregnums”, normalmente acontecem quando os cardeais
que votam para escolher um novo papa estão no Conclave.
1. Abdicação
O último papa a abdicar, Papa Gregório XII, foi eleito em 1406, mais de
600 anos atrás. Ele era conhecido por sua piedade, e foi eleito
originalmente para terminar a cisma ocorrida depois que o Papa Inocêncio
VII morreu, de acordo com a Enciclopédia Católica. Gregório XII foi um
dos três papas a reinar na época, e o caos que se seguiu deve tê-lo
convencido que era hora de cair fora. Ele convocou um concílio para
resolver o problema, e abdicou em 1415.
(por: Dong Notícias)
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