Cavaquinho sem Mestre
Um Livro que ensina a tocar Cavaquinho.
| (José Lúcio Ribeiro de Almeida) O Cavaquinho é o mais popular dos instrumentos de cordas portugueses e também de mais reduzidas dimensões: não excede os 50 cm de comprimento e tem quatro cordas. É no Minho que ele aparece como espécie tipicamente popular, ligado às formas essenciais da música característica dessa província e tem carácter exclusiva e acentuadamente lúdico e festivo. Toca-se geralmente de "rasgado", como instrumento harmónico para acompanhamento de cantares e danças, ou associado à Viola e outros instrumentos. Na região, o Cavaquinho alterna com a Rabeca Chuleira as funções de instrumento agudo, com o seu tom vibrante e saltitante, próprio para acompanhar "viras", "chulas", "canas-verdes", "malhões", etc. Uma outra técnica de tocar o Cavaquinho é o “Ponteado”, onde o seu executante sola simplesmente a melodia. Da região de Braga terá sido levado para as ilhas da Madeira e dos Açores. Da Madeira, “o Braguinha”, como lá é conhecido, terá acompanhado os emigrantes do século XIX para as ilhas Hawaii, onde logo se popularizou com o nome de Ukulele, que quer dizer "pulga saltadora". O Cavaquinho existe também no Brasil onde tem uma grande popularidade e em Cabo-Verde e na Indonésia. O Cavaquinho é um cordofone com origem, talvez, nos tetracórdios helénicos, com 4 cordas e diversas afinações que dependem da música e do músico. Em Portugal, existem dois tipos de Cavaquinhos, embora possamos incluir um terceiro, bastante raro, o Cavaquinho do Sul, também conhecido por Guitarrilho, instrumento de luxo, sempre bem decorado com madrepérolas. Voltando aos tipos mais conhecidos, o de Braga e o de Lisboa, eles são instrumentos com características bem diferentes. | |
O Minhoto com a escala rasante ao tampo e por isso sem divisões de escala sobre o mesmo e o de Lisboa com escala sobreposta, onde a escala se prolonga até à “boca ou abertura musical”. A tradição de construção de Cavaquinhos está mais enraizada no norte de Portugal, dependendo o seu preço da qualidade da madeira e dos requintes de acabamento. Muitas são as afinações dadas a este instrumento. As mais frequentes são: Mi, Dó#, Lá, Lá e Ré, Si, Sol, Sol. Para o Braguinha da Madeira a afinação mais comum é Ré, Si, Sol, Ré (grave em bordão). As afinações são dadas sempre do agudo para o grave. Para as afinações: Mi, Dó#, Lá, Lá ou Ré, Si, Sol, Sol, devem-se utilizar os seguintes calibres de cordas: 1ª Corda que afina em Mi ou Ré (0,23 mm, carrinho nº 10). 2ª Corda que afina em Dó# ou Si (0,25mm, carrinho nº 9). 3ª e 4ª Cordas que afinam em Lá ou Sol (0,30mm , carrinho nº6) |
Muito boa a explicação...sempre gostei do cavaco, e agora me deu até vontade de aprender a tocar!!!
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