Pesquisar este blog

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DE PELOTAS

O Conservatório de Música é uma das unidades de ensino da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul/BR. Foi a quinta escola de música a ser fundada no país, e é a única instituição musical de atividade ininterrupta na cidade desde sua criação até os dias de hoje, sendo responsável pela formação de várias gerações de músicos profissionais e a realização de inúmeros concertos com artistas de renome internacional. Seu salão de concertos é um dos mais antigos do Brasil ainda em uso.

Fundação
Foi fundado em 4 de junho de 1918 por Alcides Costa e Francisco Simões, e inaugurado em 18 de setembro do mesmo ano, em uma época em que Pelotas era a segunda mais importante cidade do estado, e já possuía uma sólida tradição cultural, tendo sido no século XIX o maior pólo cultural do Rio Grande do Sul, a ponto de ser chamada de "a Atenas gaúcha". O Conservatório foi criado na esteira do projeto civilizador e progressista republicano cujos ideais visavam uma equiparação cultural do Brasil aos países mais avançados da Europa. Na época de sua fundação a cidade experimentava um grande surto de desenvolvimento, a última floração do ciclo do charque, que enriqueceu a urbe e a adornou com inúmeros prédios elegantes e uma sociedade aristocrática e ilustrada.
Os antecedentes para sua criação foram o estabelecimento em Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul, do Conservatório do Instituto Livre de Belas Artes, e a chegada em 1916 do renomado pianista Guilherme Fontainha para dirigí-lo. Fontainha era uma personalidade dinâmica e grande pedagogo, sendo uma das peças-chave para a disseminação no sul de um modelo educativo musical moderno, baseado na metodologia do Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro, e tinha contato com figuras importantes do modernismo brasileiro. Ele inspirou a criação de conservatórios em várias cidades do estado, sendo auxiliado nessa empresa por José Corsi, e foi o mentor também da fundação da instituição pelotense, para a qual indicou Antonio de Sá Pereira como primeiro diretor artístico.

Desenvolvimento
Sá Pereira era um dos mais importantes professores de piano de sua geração em todo o Brasil, e como administrador introduziu mudanças importantes no repertório musical apresentado na cidade, trazendo peças de autores modernistas do Brasil e do exterior. Também escreveu artigos sobre música que foram publicados na imprensa local, a qual apoiou as atividades do Conservatório e contribuiu assim para a formação de um gosto musical mais apurado e atualizado na cidade. Desde logo as atividades docentes da instituição foram complementadas com a realização de concertos públicos, contando com a colaboração de outros organismos vinculados ao Conservatório.
Em 1923 a direção artística passou para Milton Lemos, e em 1927 foram instituídos cursos de desenho e pintura, dirigidos pelo insigne pintor João Fahrion, de Porto Alegre, oficializando uma prática que já estava sendo seguida informalmente desde um pouco antes. Então o nome da instituição passou a ser Instituto de Belas Artes de Pelotas. Em 1928 aconteceu ali a primeira transmissão radiofônica ao vivo de música erudita do Brasil, e em 1937 o Instituto foi municipalizado. No final da década de 1930 o prédio passou por reformas, e nesse ínterim as aulas aconteceram no edifício da Biblioteca. Em 1941 o prédio foi reinaugurado com seus equipamentos melhorados e o salão de concertos ampliado. Em 1943 foi criado o Coro oficial do Instituto, e em 1949 a Orquestra Sinfônica de Pelotas, que se não era vinculada ao Instituto contou com a participação de vários mestres e alunos da instituição educacional. Neste mesmo ano o Instituto transferiu as aulas de desenho e pintura para a Prefeitura, retornando às suas funções especificamente musicais, e voltando a ter sua denominação original. Em 1961 recebeu autorização federal para oferecer cursos superiores de música, e em 1965 o Conservatório passou a ser uma autarquia, até que foi absorvido pela Universidade Federal de Pelotas em 1969, estatuto que se mantém até hoje. Em 1970 seu curso de música foi reconhecido pelo governo federal como um Bacharelado, com habilitações em canto, violino, piano, violão e flauta. Em 1971 foi criada a Licenciatura em Música, e o Departamento de Música do Instituto de Artes da UFPel passou a funcionar em conjunto com o Conservatório, situação que permaneceu até 1984.

História recente
Com a consolidação de sua ligação com a universidade iniciaram atividades de extensão comunitária em projetos permanentes, como o Projeto Quartas Musicais, o Projeto Concertos das Doze e Trinta, e os Concertos da Catedral do Redentor. Além disso o Conservatório mantém uma Temporada Oficial de Concertos em parceria com o Conservatório do SESI e o apoio de várias instituições locais e nacionais. No total o Conservatório oferece cerca de 70 concertos por ano à comunidade. Outras de suas atividades são o Concurso Nacional de Piano Milton de Lemos, bienal, o Troféu Milton de Lemos - Destaque em Música Erudita, e a Semana do Piano, ambos também eventos bienais. Também são mantidos o Concurso de Canto Zola Amaro, o Encontro de Violonistas e o Projeto Ouvindo e Apreciando Música, que funcionou durante dez anos e está aguardando reedição. O Conservatório ainda publica o informativo Alla Breve, sobre as atividades institucionais, e a Revista do Conservatório de Música da UFPel, para divulgar estudos especializados. Em 1996 foi criada a Sociedade dos Amigos do Conservatório de Música, em 1997 a Musicoteca e Centro de Documentação Musical, com significativo acervo documental e iconográfico e a partir de 2001 sediando o Grupo de Pesquisa em Musicologia. Em 2002 foi instituído o Curso de Pós-Graduação em Musicoterapia, mas foi abolido recentemente. Em 2008, foi instituído o curso de bacharelado em composição e, em 2009, foi instituído o curso de graduação em Ciências Musicais, ainda aguardando o reconhecimento pelo MEC.
 (fonte: Wikipedia)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Deficientes superam as dificuldades com a música


Eles tocam instrumentos sem enxergar, soltam a voz sem ouvir e "cantam" sem falar. A música é um caminho eficiente para afastar o preconceito e melhorar (muito) a auto-estima de crianças e jovens com deficiência. Pelo esforço de aprender, mas também pela qualidade da música que produzem, eles têm chamado a atenção do público, que retribui com aplausos e pedidos de bis. Há grupos musicais formados por deficientes em várias cidades do país e eles se apresentam em teatros, programas de televisão, hospitais e escolas. "Hoje recebemos elogios pela qualidade musical da nossa banda e não mais pelo espanto de conseguirmos tocar", comemora a coordenadora do Grupo Surdodum, a fonoaudióloga Ana Lúcia Soares, do Centro Integrado de Ensino Especial, em Brasília.

É na batida dos tambores que o Surdodum mostra a sua música desde 1995. O grupo de percussão possui vinte componentes surdos de 15 a 27 anos, sendo três meninas nos vocais e quatro não-deficientes na parte instrumental. Nas aulas, os alunos aprendem ritmo com um trabalho corporal. Eles andam, dançam e sentem as batidas da palma, dos pés e até do coração. Também aprendem a vibração do som que produzem tocando as paredes e o chão. Por último, começam a tocar os instrumentos com a imitação das batidas. O canto do surdo é como um "samba de uma nota só" porque ele fala num único tom de voz. Não há agudo nem grave. E por não ter retorno auditivo, ele segue as orientações visuais da professora. "Quando quero que cantem com um tom agudo levanto a mão para cima e quando quero grave, abaixo", conta Ana. Ela faz arranjos nas músicas de acordo com a voz de cada integrante do vocal e mostra a letra escrita, que eles reproduzem na linguagem dos sinais. Trabalhando a respiração e a dicção, cantar melhora a voz e diminui a nasalidade, muito comum nos surdos. O repertório com mais de vinte canções, basicamente MPB, já foi tocado em mais de 300 apresentações no país. O grupo já tem um CD demonstração gravado, com o nome de Na batida do silêncio.

Mãos no lugar de vozes
Há quem cante com as mãos. Em Goiânia, há dois "corais" com deficientes auditivos. No Sinfonia das Mãos, formado por dezoito integrantes da Escola Estadual Especial Maria Lusia de Oliveira, os deficientes apresentam as músicas na linguagem dos sinais, dramatizando as letras com o som de um CD ao fundo. O sucesso do projeto deu origem a outro grupo, o Vozes de Anjo, com 24 componentes da Casa do Silêncio, instituição para deficientes auditivos. Os conjuntos possuem integrantes de 7 a 20 anos. "Utilizar a língua dos sinais para cantar e não a voz é um respeito à cultura deles e não uma imposição para que sejam ouvintes, como a grande maioria da platéia que os assiste", defende a regente Gessilma Dias dos Santos. O repertório é formado de MPB e músicas regionais.
Tocar um instrumento sem enxergá-lo e sem partitura é o que faz há quatro anos o grupo de percussão Segue-o-ritmo, da escola estadual anexa ao Instituto de Cegos do Brasil Central, na cidade mineira de Uberaba. Com trinta componentes cegos ou com baixa visão, de 6 a 50 anos, eles dão um show de ritmo. Os alunos aprendem a tocar pela audição e são comandados por apito. Quatro deles cantam. "Em cada instrumento faço uma seqüência de batidas e o aluno repete", explica o professor de música Mário Jaime Costa Andrade, o Majaca.

Som no sertão
A música também ajuda na socialização dos deficientes. Em 1996, no sertão sergipano, em Nossa Senhora da Glória, a 117 km de Aracaju, surgiu a Banda Luz do Sol, que hoje tem quinze integrantes, crianças, jovens e adultos com deficiência mental e distúrbio de comportamento. O projeto foi criado como forma de estender o tratamento do ambulatório de saúde mental da região. "Os integrantes da banda encontraram uma forma de se comunicar melhor e alguns uma maneira de canalizar a agressividade", diz a musicoterapeuta Sony Regina Petris. Em alguns grupos, todos têm lugar garantido, mesmo que desafinem. O Coral Todas as Vozes, da Escola Parque, da Secretaria de Educação do Distrito Federal, conta com 360 integrantes de 10 a 50 anos, 25 deles com deficiência. O coral surgiu em 1998, quando o professor de educação musical Eduardo Sena resolveu reunir numa única apresentação coristas com deficiência e sem deficiência de todas as classes sociais. "Quis mostrar à humanidade como ela é: diversa", diz Sena. Hoje o grupo faz muito mais. "Não é só cantar. Os alunos criam músicas, arrecadam roupas, brinquedos e comida e distribuem nas instituições em que se apresentam", completa o professor. O coral deu tão certo que Sena decidiu montar a organização não-governamental Todas as Vozes. Já está ensaiando para gravar um CD, mas ainda precisa de apoio para realizar o sonho de manter unidas todas as vozes. 
(globo.com - crescer)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ROCK BRASÍLIA - Documentário


Com estréia programada nos cinemas brasileiros para 21 de outubro de 2011, o documentário Rock Brasília - Era de Ouro tem sua trilha sonora editada em CD pela EMI Music - gravadora que abriga toda a discografia da maior banda da região, a Legião Urbana (1982 - 1996), e a parte mais expressiva da obra fonográfica da Plebe Rude. Nas lojas ainda neste mês de outubro, o CD Rock Brasília - Era de Ouro alinha em 17 faixas gravações dos grupos: Capital Inicial (Música Urbana e Psicopata), Plebe Rude (Proteção e Até Quando Esperar?) e Legião Urbana (Que País É Este? e Geração Coca-Cola). Numa licença geográfica, o CD com a trilha sonora do filme de Vladimir Carvalho, inclui Vital e sua Moto, fonograma dos Paralamas do Sucesso, trio que, embora seja de origem carioca, tinha conexões com a cena roqueira surgida em Brasília (DF) na primeira metade dos anos 80. O filme está em cartaz no Festival do Rio.

"Rock Brasília" soma horas de entrevistas a gravações (ou filmagens) antigas, que Carvalho já havia feito, ou comandado, como professor na UnB. Ele exortava seus alunos a pegarem a câmera paras documentar a cidade. Esse material precioso foi resgatado e montado de forma dar um testemunho. Quem foram os jovens que fizeram o rock brasiliense? Qual o seu legado? Eles vieram da classe média, filhos de funcionários, professores, diplomatas. Formaram suas bandas nos prédios das superquadras. E, de repente, à sombra do poder, nos anos de chumbo e da abertura política, estavam refletindo sobre o mundo que os cercava. O cinema não precisa ser, necessariamente, emocionante. E emocionar-se também não significa se alienar. São as lições de "Rock Brasília". Os jovens de 20/30 anos atrás voltam-se sobre o próprio passado, os pais de alguns somam suas vozes para contar as histórias de repressão.

Momentos permanecem - o quebra-quebra no show do Legião Urbana no Estádio Mané Garrincha, em junho de 1988; e o grande show do Capital Inicial, na Esplanada dos Ministérios, em 2008, quando Dinho levantou o público cantando o refrão de Renato Russo "Que País É Esse?". "Rock Brasília" é, por assim dizer, geracional. Vladimir Carvalho colocou na tela a voz de sua geração. Ao fazê-lo, dialoga com o público atual. Em Paulínia, Brasília e no Festival do Rio, as sessões de seu filme foram lindas. A expectativa é de que seja, também, nesta nova fase que se abre com o lançamento nas salas.

ROCK BRASÍLIA -

Direção: Vladimir Carvalho.Gênero: Documentário (Brasil/2011, 111 minutos). Censura: 12 anos . 
 
(fonte: Tribuna do Norte/blognotasmusicais)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

NANDO REIS...

O cantor Nando Reis, nasceu José Fernando Gomes dos Reis em São Paulo, no ano de 1963. Desde pequeno, ele já tocava violão e compunha músicas, indicando que a carreira artística era realmente seu destino.
Durante 20 anos, Nando pertenceu a respeitada banda de rock Titãs. Seu papel no Titãs era fundamental, já que era um dos principais cantores e compositores da banda, podendo ser considerado um dos líderes. Músicas de sua autoria como "Marvin" (parceria com Sérgio Britto), "Querem Meu Sangue, "Os Cegos do Castelo" e "Pra Dizer Adeus" (parceria com Tony Belloto)o consagraram como compositor.
Seu primeiro álbum solo saiu em 1995, com o nome de "12 de janeiro", quando ele ainda estava no Titãs. Em seguida Nando chamou a atenção, quando assinou a produção do disco de Cássia Eller "Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo" em 1999. Nesse período Cássia começou a fazer um sucesso gigantesco em sua carreira, gerando uma parceria proveitosa com Nando.
Em 2000, o artista lança seu segundo trabalho solo. O disco "Para Quando o Arco-Íris Encontrar o Pote de Ouro" conta com participações especiais de Cássia Eller, Rogério Flausino do Jota Quest e Peter Buck, guitarrista do "R.E.M.".
Dois anos depois, o cantor lançava outro disco. "Infernal... ButThereis Still a FullMoonShining Over Jalalabad" era um álbum rústico e cheio de personalidade. A carreira solo de Nando depois desse trabalho, começou a ser maior que o Titãs e ele teve de tomar a decisão de deixar o grupo.
Em 2003, Nando estava oficialmente fora da banda e já possuía um novo trabalho. Recheado de músicas que não caberiam em outro lugar além de sua carreira solo, o álbum "A letra A" chega ao mercado. São 12 faixas intensas, de autoria própria.
Após a despedida da banda com a qual Nando esteve trabalhando por duas décadas, seu ritmo criativo cresce e toma forma nova. Em 2004, o cantor já lançava o álbum "MTV Ao Vivo - Nando Reis e Os Infernais" que contava com seus maiores sucessos.
Muita estrada e criatividade depois foram ferramentas para Nando gravar os álbuns "Sim e Não" em 2006 e o simpático "Drês" em 2009. Assim como os outros álbuns, eles são facilmente encontrados na internet, assim como as letras de suas músicas.

Puíta ou Cuíca

Puíta ou Cuíca


A cuíca ou puíta é um instrumento musical, semelhante a um tambor, com uma haste de madeira presa no centro da membrana de couro, pelo lado interno. O som é obtido friccionando a haste com um pedaço de tecido molhado e pressionando a parte externa da cuíca com dedo, produzindo um som de ronco característico. Quanto mais perto do centro da cuíca,  mais agudo será o som produzido.

A classificação 
A cuíca é ambígua. Algumas classificações (por exemplo, Hornbostel–Sachs) dão a cuíca como exemplo de um membranofone friccionado. Outras qualificam-na como um idiofone friccionado, sendo a vibração da haste transmitida à membrana por contato.

Origem do instrumento
A cuíca foi trazida ao Brasil por escravos africanos e era também chamada de "rugido de leão" ou de "tambor de fricção". Em suas primeiras encarnações era usada por caçadores para atrair leões com os rugidos que o instrumento pode produzir.
De instrumento de caça passou a ter seu uso difundido na música brasileira e por volta de 1930, passou a fazer parte das baterias das escolas de samba. Atualmente é também encontrada no jazz contemporâneo e em estilos de funk e latinos.

O surgimento do termo "cuíca"
A cuíca, também  chamada de poica no maracatu rural de Pernambuco, recebe muitos outros nomes em diferentes manifestações culturais do país. Além de poica, ela também é conhecida como puíta, omelê, adufo, tambor-onça, roncador, fungador-onça, socador e ronca.
Existem duas versões para o termo cuíca.  Um deles, de acordo com jornalista, poeta e folclorista Cornélio Pires, conta que um apresentador do rádio passou a chamá-la de cuíca para evitar qualquer deturpação possível com o vocábulo original daquele instrumento, ou seja, puíta. Possivelmente essa deturpação que o preocupava seria notada em alguma apresentação de um tocador de puíta, ou puiteiro.

Outra explicação sobre a origem do termo cuíca  relaciona o instrumento a um animal que tem este mesmo nome. A cuíca é um marsupial parente do canguru e que é muitas vezes confundido com o gambá e que emite um som parecido com o do instrumento.

A  cuíca no jazz
Instrumento típico do samba , atualmente a cuíca também vem sendo muito utilizada no jazz. No livro JAZZ – History, Instruments, Musicians e Recordings, de  John Fordham, encontramos registros da utilização do instrumento no estilo musical. Além disso, já são muitos os músicos que passaram a utilizar o instrumento. O percussionista americano Steven Kroon dedica uma faixa de um disco seu ao instrumento. A música se chama Brazilian Sugar. 

Há outros registros, como por exemplo de Fritz Escovão na música Rocking with Mocotó, gravada em 1974, mas lançada recentemente no disco “Dizzy Gillespie no Brasil com Trio Mocotó”.  Dizzy Gillespie foi uma das figuras mais importantes da história do jazz e um apaixonado pela música brasileira. Nesta faixa o compositor mistura o jazz com a cuíca, criando um estilo samba-jazz. 

Técnica

O polegar, o indicador e o dedo médio seguram a haste no interior do instrumento com um pedaço de pano úmido, e os ritmos são articulados pelo deslizamento deste tecido ao longo do bambu. A outra mão segura a cuíca e com os dedos exerce uma pressão na pele. Quanto mais forte a haste for segurada e mais pressão for aplicada na pele mais altos serão os tons obtidos. Um toque mais leve e menos pressão irão produzir tons mais baixos.

 (fonte: Portoweb, Cuíca Brasil e Wikipédia)

domingo, 16 de outubro de 2011

GRUPO ALMONDEGAS


Almôndegas foi uma das bandas pioneiras em criar uma linguagem particular para a música pop gaúcha. Oriundos da cidade de Pelotas/RS. Os Almôndegas misturavam velhas canções do folclore gaúcho, MPB e rock.
O trabalho do almondegas virou referência para artistas posteriores do pop rock gaúcho como Thedy Corrêa, Wander Wildner, Duca Leindecker entre outros. Em eleição promovida pelo portal gaúcho clicrbs, três canções dos almôndegas ("vento negro", "até não mais" e "haragana") foram lembradas por outros artistas entre as músicas que melhor representam o Rio Grande do Sul.

Os Almôndegas surgiram oficialmente com a gravação do primeiro LP, em 1975, mas desde quatro anos antes os irmãos Ramil, o primo Pery Souza e os amigos Gilnei Silveira e Kiko Castro Neves lideravam uma gurizada que se reunia num apartamento no bairro Petrópolis, em  Porto Alegre, para cantar. Músicos de formação eclética, eles só pensavam em se divertir quando venceram o I Festival Universitário da Canção Catarinense com a música Quadro Negro.
Em 1974, realizaram sua primeira gravação: a música "Testamento", com letra de José Fogaça, música que virou trilha sonora de um programa (Opinião Jovem) que o próprio Jorge tinha na rádio Continental 1120 AM.
A mescla de regionalismo com música pop, espécie de marca registrada dos Almôndegas, surgiu meio por acaso. Em um show no antigo Encouraçado Botequim, o grupo cantou Amargo, de Lupicínio Rodrigues, e a reação da platéia foi calorosa. Com o aval do público, os músicos passaram a repetir a apresentação em outros shows e levaram a experiência para o primeiro disco.
Gravaram o primeiro LP ("Almôndegas"), em 1975 (mesmo ano de "Aqui", trabalho que colocou a faixa "Canção da Meia-noite" na novela Saramandaia, da Rede Globo de Televisão). Em 1977, a banda partiu para o Rio de Janeiro. Kleiton, Kledir e Gilnei levavam outros sonhos na bagagem e contavam com o auxílio precioso dos novos integrantes João Baptista e Zé Flávio. Neste ano, vieram mais dois discos: "Gaudêncio Sete Luas" (na verdade, uma coletânea dos anteriores) e "Alhos com Bugalhos". Os registros da carreira do Almôndegas culminou com "Circo de Marionetes", de 1978. No seguinte - 1979 - o grupo se desfez.

Mesmo iniciando sua carreira no circuito universitário e sendo lançados junto com as sementes do que seria o Rock do Sul, o grupo nunca negou as raízes Rio-grandenses, tanto que participaram, em 1975, da quinta "Califórnia da Canção Nativa", com a música "Piquete do Caveira". Seus componentes mais famosos foram os irmãos Kleiton e Kledir Ramil.
 
Seus dois últimos LP's foram reeditados em CD, pela Gravadora Universal: Alhos com Bugalhos e Circo de Marionetes.