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terça-feira, 30 de agosto de 2011

BREVE HISTÓRIA DO CAJON

O Cajon é um paralelepípedo feito de madeira (contraplacado) com cerca 50 centímetros de altura, 30 de largura e fundo.

Encostado à parte de trás da tampa, na qual se toca, tem um ou mais bordões (cordas graves de guitarra) que formam uma esteira (snare) semelhante à caixa de rufo (tarola) que lhe confere uma sonoridade que vai do agudo brilhante ao grave profundo, quando tocamos respectivamente com os dedos junto às arestas ou no centro do tampo com a palma da mão. Há quem use também baquetas e vassouras.
Para atenuar eventuais harmónicos indesejáveis podem ser colocados pequenos pedaços de fita adesiva sobre os bordões.Supõe-se que os primeiros Cajons eram caixas de madeira para transportar fruta e outros alimentos.
Há também quem refira que os primeiros a serem utilizados foram as caixas para transportar peixe que os marinheiros espanhóis aproveitavam para acompanhar as guitarras nas suas deslocações por mar.

O Cajon, que continua a ser um símbolo da comunidade negra peruana, que reclama a sua origem, representa um substituo dos tambores africanos que foram proibidos aos escravos. Chegou mesmo a haver uma lei que lhes proibia a posse e a execução do Cajon, no século XVII, no período colonial.
Em Cuba, onde alguns historiadores também reivindicam a sua “paternidade”, alguns ritmos Rumba são tocados no Cajon. A Rumba, que surgiu em Mantanzas, cidade que tive o prazer de conhecer, era tocada em caixas de bacalhau, que se supõe terem sido transformadas, possivelmente, no instrumento de percussão ao qual hoje chamamos Cajon.
Caitro Soto é apontado como a pessoa que entregou materialmente o primeiro Cajon a Paco de Lucia. Mas, foi o percussionista brasileiro Ruben Dantas e o bailarino sevilhano Manuel Soler que o tocaram pela primeira vez na formação flamenga de Paco de Lucia nos anos 70.

O Cajon continua a ser muito utilizado no flamengo, cujas raízes podem ser encontradas na música árabe, hindu, judia, grega e castelhana, entre outras, e desenvolveu-se desde a chegada dos ciganos a Andaluzia no século XV, vindos segundo se crê, duma região do Norte da Índia chamada Sid, actualmente pertencente ao Paquistão.
Pensa-se que palavra "flamenco", que começou a ser usada a partir do século XVIII como sinónimo de cigano andaluz, tenha as suas origens nas palavras árabes. (Luis Oliveira)

sábado, 27 de agosto de 2011

            A presença da música na vida dos seres humanos é incontestável. Ela tem acompanhado a história da humanidade, ao longo dos tempos, exercendo as mais diferentes funções. Está presente em todas as regiões do globo, em todas as culturas, em todas as épocas: ou seja, a música é uma linguagem universal, que ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cavaquinho


Cavaquinho sem Mestre 
Um Livro que ensina a tocar Cavaquinho.


(José Lúcio Ribeiro de Almeida) 
O Cavaquinho é o mais popular dos instrumentos de cordas portugueses e também de mais reduzidas dimensões: não excede os 50 cm de comprimento e tem quatro cordas.
É no Minho que ele aparece como espécie tipicamente popular, ligado às formas essenciais da música característica dessa província e tem carácter exclusiva e acentuadamente lúdico e festivo.
Toca-se geralmente de "rasgado", como instrumento harmónico para acompanhamento de cantares e danças, ou associado à Viola e outros instrumentos. Na região, o Cavaquinho alterna com a Rabeca Chuleira as funções de instrumento agudo, com o seu tom vibrante e saltitante, próprio para acompanhar "viras", "chulas", "canas-verdes", "malhões", etc.
Uma outra técnica de tocar o Cavaquinho é o “Ponteado”, onde o seu executante sola simplesmente a melodia.
Da região de Braga terá sido levado para as ilhas da Madeira e dos Açores. Da Madeira, “o Braguinha”, como lá é conhecido, terá acompanhado os emigrantes do século XIX para as ilhas Hawaii, onde logo se popularizou com o nome de Ukulele, que quer dizer "pulga saltadora".
O Cavaquinho existe também no Brasil onde tem uma grande popularidade e em Cabo-Verde e na Indonésia. O Cavaquinho é um cordofone com origem, talvez, nos tetracórdios helénicos, com 4 cordas e diversas afinações que dependem da música e do músico. Em Portugal, existem dois tipos de Cavaquinhos, embora possamos incluir um terceiro, bastante raro, o Cavaquinho do Sul, também conhecido por Guitarrilho, instrumento de luxo, sempre bem decorado com madrepérolas.
Voltando aos tipos mais conhecidos, o de Braga e o de Lisboa, eles são instrumentos com características bem diferentes.

O Minhoto com a escala rasante ao tampo e por isso sem divisões de escala sobre o mesmo e o de Lisboa com escala sobreposta, onde a escala se prolonga até à “boca ou abertura musical”.
A tradição de construção de Cavaquinhos está mais enraizada no norte de Portugal, dependendo o seu preço da qualidade da madeira e dos requintes de acabamento. Muitas são as afinações dadas a este instrumento.
As mais frequentes são: Mi, Dó#, Lá, Lá e Ré, Si, Sol, Sol. Para o Braguinha da Madeira a afinação mais comum é Ré, Si, Sol, Ré (grave em bordão)

As afinações são dadas sempre do agudo para o grave.
Para as afinações: Mi, Dó#, Lá, Lá ou Ré, Si, Sol, Sol, devem-se utilizar os seguintes calibres de cordas: 
1ª Corda que afina em Mi ou (0,23 mm, carrinho nº 10).
2ª Corda que afina em Dó# ou Si (0,25mm, carrinho nº 9).
3ª e 4ª Cordas que afinam em ou Sol (0,30mm , carrinho nº6)

sábado, 20 de agosto de 2011

MUSICALIDADE AFRICANA...


Musicalidade Africana
O Continente africano vive em pauta na mídia e, na maioria das vezes, por seus problemas sociais, econômicos, políticos, conflitos entre grupos separatistas, diversas doenças, entre outros aspectos negativos. No entanto, pouco se destaca sobre a pluralidade cultural que o povo desse continente apresenta, contribuindo com elementos culturais em várias outras nações do mundo, e fortemente ligados ao Brasil.
As principais características dos africanos são a musicalidade e suas danças compostas por diferentes ritmos e instrumentos. A criatividade proporcionou a criação de vários instrumentos musicais, entre eles podemos destacar:

Afoxé – é um instrumento musical de percussão formado por uma cabaça redonda coberta por uma rede de bolinhas ao redor de seu corpo. O som é produzido quando se giram as bolinhas em um sentido, e o cabo no sentido oposto. É um instrumento musical muito utilizado nos rituais de umbanda e pelos grupos de samba e reggae.
Agogô – instrumento musical percussivo composto de duas a quatro campânulas (objeto em forma de sino) de tamanhos diferentes, ligadas entre si pelos vértices. É o instrumento mais antigo do samba.
Berimbau – é um instrumento de corda usado para fazer percussão na capoeira. É um arco feito de uma vara de madeira, de comprimento aproximado de 1,20m a 1,60m, e um fio de aço (arame) preso nas extremidades da vara. Em uma das extremidades do arco é fixada uma cabaça que funciona como caixa de ressonância. Para a realização do som, é necessária a utilização de uma pedra ou moeda, vareta e caxixi.

Berimbau
Caxixi – é um instrumento de percussão que corresponde a um pequeno cesto de palha trançada contento sementes ou arroz para a produção do som. Esse objeto é um complemento do berimbau.

Cuíca – consiste numa espécie de tambor com uma haste de madeira presa no centro da membrana de couro, pelo lado interno. O polegar, o indicador e o dedo médio seguram a haste no interior do instrumento com um pedaço de pano úmido, os ritmos são articulados pelo deslizamento deste tecido ao longo do bambu. A outra mão segura a cuíca e com os dedos exerce uma pressão na pele. Quanto mais forte a haste for segurada e mais pressão for aplicada na pele, mais altos serão os tons obtidos.


Kora – instrumento musical formado por 21 cordas. Tem uma caixa de ressonância feita de cabaça e suas cordas eram originalmente feitas de pele de antílope. O instrumentista usa somente o polegar e o indicador de ambas as mãos para dedilhar as cordas da Kora, sendo que os dedos restantes seguram o instrumento. O som produzido pela kora é semelhante ao da harpa.

Kora
Reco-reco – objeto musical feito de madeira ou bambu com ranhuras transversais que são friccionados por uma vareta. O som é obtido através da raspagem de uma baqueta sobre as ranhuras transversais.

Tambores – são os principais instrumentos musicais africanos. Existem dos mais variados formatos, tamanhos e elementos decorativos. É um objeto musical de percussão, é oco e feito de bambu ou madeira. Além de sua utilização nos eventos festivos, os tambores eram uma forma de comunicação entre comunidades distantes, em razão de sua forte potência sonora. 

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

VIOLÃO E SUAS PARTES



 

 Boca » Orifício localizado no corpo do violão por onde o som se propaga. 

Mosaico/Rosácea » Feito de minúsculos pedaços de madeira serve de ornamentação para a boca do violão.

Braço » Parte do instrumento que dá suporte a escala.
Caixa de ressonância » Conjunto responsável pela amplificação do som. É formada basicamente pelo fundo, faixas e tampo.
Cavalete » Colado sobre o tampo serve para prender as cordas e de suporte para o rastilho.
Cordas » Parte fundamental onde se originam as notas musicais. Podem ser de nylon ou aço.
Faixas » São as laterais do instrumento, geralmente feita da mesma madeira do fundo.
Fundo » Componente fundamental da caixa de ressonância.
Mão/Palma » A parte superior do braço, serve de suporte para o mecanismo das tarraxas.
Pestana » Barra de osso, plástico, madeira nobre ou madrepérola, fixada sobre a palma no início da escala. Possui pequenos sulcos entalhados para a passagem de cada corda. Isso permite o posicionamento correto das cordas. É o ponto de origem do comprimento das cordas e muitos o consideram como o traste zero. (na ausência do trato zero)
Rastilho » Parte do instrumento em que se apóiam as cordas presas ao cavalete. Osso ou marfim são incomparáveis e fornecem grande apoio ás cordas, por serem inflexíveis e rígidos não absorvem as ondas ao contrário dos de plástico, utilizados hoje em violões baratos que absorvem o som por ser flexível.

Tampo » Corresponde ao corpo do instrumento. Onde a sonoridade varia de acordo com o tamanho, formato, madeira usada na confecção do instrumento etc...

Leque Harmônico » Pequenas travessas coladas na parte interna do tampo. Tem as funções de reforçar e distribuir a vibração do tampo.
  

Tarrachas » Tem a finalidade de alcançar a afinação correta tencionando as cordas conforme a altura da afinação.
Escala » Faixa de madeira onde são incrustados os trastes. Pode ser de ipê, jacarandá, imbuia, ébano e outras... Fixada sobre o braço e sua ponta se estende sobre o tampo.

Casas » Divisões na escala que indicam exatamente a localização para posições das Notas musicais.

Trastes/Trastos » São pequenas barras de metal (geralmente alpaca, latão ou níquel) incrustadas na escala e que definem os pontos exatos em que a corda deve ser dividida para obter cada uma das notas. Quando o músico encosta o dedo sobre uma corda ela pousa sobre a escala e fica apoiada sobre o traste. O comprimento vibrante da corda passa a ser aquele entre o traste e o rastilho. Os trastes são montados nos instrumentos modernos para permitir que as guitarras tenham temperamento igual. Conseqüentemente a razão entre as distâncias de dois trastes consecutivos é, cujo valor numérico é aproximadamente 1,059463. Como essa razão é aplicada sucessivamente a cada intervalo, isso explica porque as casas próximas a pestana são mais largas que aquelas próximas ao corpo do instrumento. O 12º traste divide a corda exatamente na metade e o 24º (se existente) divide a corda em um quarto do comprimento total (entre a pestana e o rastilho). Cada doze trastes representam um intervalo de exatamente uma oitava.


Baita frase...

"Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida."

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

TIPOS DE SURDOS


... e seus papéis em baterias.
ü  marcação (surdo de primeira)
é o surdo mais grave (maior diâmetro 26''), toca no 2º e no 4º tempo (os tempos fortes da pulsação do samba).
ü  resposta (surdo de segunda)
é o surdo intermédio (maior diâmetro 24''), responde à marcação, tocando no 1º e no 3º tempos.
ü  corte ou centrador (surdo de terceira)
é o surdo mais agudo (menor diâmetro 20''), toca o padrão da marcação e faz variações (corta o padrão básico)