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domingo, 31 de julho de 2011

TALABARES DE PERCUSSÃO

Usados, originalmente, para segurar uma arma de fogo ou espada, que ficavam penduradas no ombro e na cintura dos soldados. Feitos de tiras de couro ou tecidos fortes.
  Depois passou a ser usado como suporte para instrumentos de percussão, como é usado até hoje. Fabricados em nylon, lona, couro e lonca.

TIPOS:

• Normal com 1 (um) gancho, pode ser usados em:
CAIXA, REPIQUE, MALACAXETA, REPINIQUE, TIMBAU, TIMBA E SURDO.

• De cintura com 2 (dois) ganchos, pode ser usado em:
CAIXA, REPIQUE, TIMBAU, SURDO E SOPAPO.

· Em X com 4 (quatro) ganchos, usados em:
BUMBOS MARCIAIS E BUMBOS MURGUEIROS.

· De ombro com copinho, usado em:
LIRAS.

PERCUSSÃO MUSICAL

Ao longo de sua história o homem vem transformando materiais como troncos, sementes das árvores, ossos e peles dos animais, metal e plástico, ar e vibração dos corpos, em instrumentos de percussão.
A percussão está presente em diversas manifestações culturais como os sinos das Igrejas, os tambores dos templos budistas e das afro-religiões as caixas dos festejos, os   pandeiros de rituais dionisíacos.
Os instrumentos de percussão são os mais antigos que existem. Em muitos sítios arqueológicos foram encontradas representações de pessoas dançando em torno de um tambor. Muitos objetos musicais também foram encontrados como toras de árvores fossilizadas, possivelmente utilizada como tambor primitivo e diversas versões de litifones, rochas de diversos tamanhos dispostas sobre um tronco ou buraco no chão, utilizadas assim para produzir música melódica por percussão.
Definição de Percussão
  • Segundo o Dicionário Aurélio
Percussão. [ Do lat. tard. percusu. ] S.f. 1. Ato ou efeito de percutir. 2. Choque ou embate entre dois corpos. 3. Jur. Incidência fiscal direta sobre o contribuinte. [Cf. nesta acepç., incidência(3).] 4. Med. Forma de exame físico, de que há técnicas diversas, e que consiste em aplicar a uma área pequenos golpes, com extremidade de quirodáctilo, borda de mão ou instrumento próprio, para, de acordo com o fim em vista, obter sons que podem ser normais ou anormais, ou pesquisar anormalidades de reflexo (12). 5. O conjunto de instrumentos de percussão (q.v) 

O som da percussão
Pela forma de produção de som característica da maior parte desses instrumentos, o som possui um ataque de curta duração. O som vai quase que imediatamente do silêncio à sua intensidade máxima e sofre um decaimento também muito curto.
A maior parte dos instrumentos de percussão possuem som de curta sustentação e param de vibrar muito rapidamente após o estímulo inicial cessar, mas essa não é sua característica fundamental, uma vez que existem instrumentos de percussão que produzem sons de longa duração, como os gongos e sinos.
Classificação:
Embora coletivamente chamados de instrumentos de percussão, essa categoria pode ser subdividida por diversos critérios. As formas mais comuns de classificação dividem os instrumentos de percussão por definição do som (se podem produzir notas afinadas ou não), por método de execução (percussão, agitação ou atrito) ou por elemento produtor de som (idiofones, membranofones e cordas percutidas). Uma vez que nenhuma dessas formas é completa, em geral elas são combinadas. Assim podemos dizer que um xilofone é um idiofone percutido de altura definida e que um Taiko é um membranofone percutido de altura indefinida.
Abaixo, os métodos de classificação estão descritos em mais detalhes:
Por definição do som
Os instrumentos de percussão podem ser classificados de acordo com a possibilidade de produzirem sons de altura determinada ou indeterminada.
Altura indeterminada
A maior parte dos instrumentos de percussão. Esses são caracterizados pela ausência de escala, ou seja, produzem apenas um único som ou uma gama de sons muito reduzida. São utilizados precisamente pelo timbre e características sonoras que apresentam e geralmente possuem função puramente rítmica. Esses instrumentos produzem notas cuja altura não pode ser perfeitamente determinada, seja porque seus sons têm duração muito curta, seja por possuírem uma grande quantidade de parciais não harmônicos, ou ainda porque produzem variações aleatórias de altura ao longo de sua duração. Isso faz com que acompanhem bem, sem interferir na harmonia (sem que seus sons sejam percebidos como desafinados), canções compostas em qualquer tonalidade. São talvez a forma de instrumentos musicais mais antiga, dado que qualquer objeto consegue produzir sons simples: quer a bater, raspar, etc.
Entre eles podemos citar o agogô, afoxé, carrilhão, castanhola, chimbal, triângulo, blocos sonoros e muitos tipos de tambor.

Altura determinada
Instrumentos de percussão cuja vibração produz sons que obedecem à série harmônica e permitem a perfeita afinação de suas notas. Muitos possuem diversos componentes, cada um afinado em uma altura diferente, como os xilofones ou timbales. Outros permitem a variação de afinação durante a execução como o tímpano ou, ainda que de forma limitada, alguns tipos de tom-tom e o berimbau. Estes instrumentos podem exercer papel melódico ou harmônico em uma canção. Técnicamente, qualquer instrumento de cordas pode ser executado por percussão e nesse caso estaria enquadrado nessa categoria (como o piano ou um violão com cordas percutidas).

Por forma de execução
Percussão propriamente dita
Instrumentos executados por impacto com o elemento produtor de som, quer seja uma pele, corda ou o próprio corpo do instrumento. Este é o meio mais comum de execução. A percussão pode ser executada com baquetas (como na bateria, gongos ou vibrafones) martelos (como alguns carrilhões), as mãos (como o bongô) ou o próprio corpo do instrumento (como as claves). Um teclado pode ser utilizado para provocar o impacto dos martelos, como na celesta ou no carrilhão.

Agitação
Instrumentos cuja execução depende da agitação, com as mãos ou outro meio, de todo o instrumento, como o caxixi, ganzá, maracas e chocalhos.

Atrito
Instrumentos em que a produção do som depende do atrito ou fricção. Este atrito pode ser realizado com baquetas (como no reco-reco e no guiro), com um pano úmido (cuíca) ou com uma rede de contas, como o xequerê e o afoxé.

Por elemento produtor de som
De acordo com a classificação Hornbostel-Sachs, os instrumentos são classificados de acordo com o elemento que vibra para produzir o som. Neste sistema, os instrumentos de percussão podem ser classificados em idiofones, membranofones e cordas percutidas.
Percussão
Classificação dos Instrumentos de percussão segundo os seus princípios acústicos
A família tradicionalmente chamada de instrumentos de percussão pode ser dividida segundo seus princípios acústicos.

 1) Idiofones. Os instrumentos idiofones são definidos pelos instrumentos cuja vibração do próprio corpo provoca o som. Exemplos:
Agogô, afuchê, bloco sonoro, carrilhão, castanhola, claves, caxixi, chimbal, chocalho,cowbell, ganzá, roçar, queixada, pratos, reco-reco, sinos, triângulo, xequerê, xequebum, age...

2) Membranofones:Instrumento cujo som é provém da membrana tal como uma pele, tecido ou membrana de material sintético. São os tambores em geral. Exemplos:
Batá, caixa, cuíca, pandeiro, repinique, repique, surdo, tantan, rebolo, tambor de corda, tamborim, tímpano, roton-ton, zabumba ...
(o pandeiro pode ser classificado como idiofonico e membranofonico, pois possui duas fontes sonoras diferentes, as platinelas e a membrana

3) Cordofones. São definidos pelos instrumentos cujo som é produzido por uma corda.
Instrumentos em que uma corda tensionada é percutida para produzir o som. Em geral são instrumentos de altura definida, como o piano, o clavicórdio, o dulcimer e alguns tipos de cítaras. O berimbau por exemplo é um instrumento cordofônico, porém de altura indeterminada. As cordas são percutidas com baquetas ou martelos, com ou sem o auxílio de teclados. Todos os instrumentos de cordas podem ser executados por percussão, mas geralmente só são incluídos nessa categoria aqueles em que esta seja a forma principal de execução.

4) Aerofones. São definidos pelos instrumentos cujo som é produzido por uma massa de ar em movimento. Flauta de embolo, apitos, buzina, efeitos em geral.
Bibliografia:
Rocca, EDGARD. Ritmos Brasileiros e seu instrumentos de percussão. Europa, Rio de Janeiro,

Wikipédia
KOOGAN/HOUISS, Enciclopédia e Dicionário, Edições Delta. Rio Janeiro, 1992, pg. 640.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

BATERIAS DE ESCOLAS DE SAMBA

Via de regra existem três tipos de baterias:
A Leve: cujo som predominante é os naipes agudos;
A Pesada: cujo som predominante é os naipes graves;
A Intermediária: cujo som se divide em graves e agudos.
A maioria das baterias tem a seguinte formação:
- Surdo de 1ª: é o que dá andamento ao samba, sendo a base para os intérpretes. Sua afinação varia de acordo com a escola, umas com ele grave, outras com ele agudo.
- Surdo de 2ª: é o contra ponto do samba, serve como resposta para o surdo de 1ª. Sua afinação varia de escola para escola, umas com ele agudo e outras com ele grave.
- Surdos de 3ª: aparece entre o surdo de 1ª e de 2ª. É o que dá o swing. Sua afinação pode ser pouco mais agudo do que o de 2ª, varia de escola para escola.
- Surdos de 4ª ou de Marcação Contínua: mesmo ainda não sendo dito como surdo de 4ª vê que ele é bastante usado no Rio e em São Paulo. Tendo como função sua marcação contínua do inicio ao fim fazendo base para o andamento do samba. Sua afinação é a mesma do surdo de 3ª.
- Caixas repique, de guerra e taról: instrumentos muito importantes na bateria, pois são eles que ditam o andamento do samba junto com os surdos, fazendo os floreios (ornamentos melódicos), sua batida varia de escola para escola.
- Malacaxetas: a mesma função das caixas, ornamentam.
- Chocalho, ganzá ou rocar: responde como se fosse caixa de guerra. Seu uso varia de acordo com o mestre, podendo ficar sem tocar passagens inteiras do samba.
- Repique e repenique: responde para as caixas e taróis. Muito usados nas viradas e paradinhas.
- Tamborins: o mais importante. É o que faz o desenho (solo do samba).
- Cuíca, agogô, reco-reco, prato e frigideira: faz um molho todo especial no samba.
"A Bateria é o coração de uma Escola de Samba."

quinta-feira, 28 de julho de 2011

AFINAÇÃO DE PANDEIRO


O pandeiro é um instrumento da família dos
MEMBRANOFÔNES, tambores de corpo, ou seja, o som dele é produzido pela vibração de uma membrana tensionada sobre uma armação. Isso significa que dependendo da pele utilizada obteremos diferentes tipos de afinações. Ex: em um pandeiro de pele de nylon o som será menos grave, enquanto um pandeiro de pele animal o som será mais grave, isso se deve a diferença de flexibilidade das peles. Ainda assim em ambas as peles, há variações de afinações por “áreas de superfície”, ou seja, agudos, médios e graves. Quanto mais próximo da armação menos grave repercute o som. O que conta realmente, é a tensão provocada pelos afinadores (ou esticadores) do pandeiro. E quanto a isso não há regra específica, pois difere de percursionista para percursionista. No caso das platinelas do pandeiro elas podem ser de latão, inox, flanders e até alumínio. Se estiverem muito estridentes é possível a utilização de abafadores de platinelas de metal, plástico ou na forma mais artesanal de papelão. Utilize sempre a regra de afinar em “cruz”, afine o primeiro e posterior o que esta enfrente (do outro lado do instrumento) e assim sucessivamente, sempre dando o mesmo numero de voltas em todos os esticadores. Isso evitará uma má afinação e a possibilidade de danificar o aro ou a pele. Ou pior, empenar o corpo do pandeiro. Não esqueça após utilizar o pandeiro, limpá-lo com uma flanela seca, pois o suor danifica a pintura, oxida a ferragem e sendo de madeira provoca descolamento das lâminas.

Arte ao alcance de todos...

jovem-fabrica-instrumentos-musicais-com-madeiras-de-lixao
David Rocha, 20 anos é o tipo de jovem que inspira.  Ele fabrica instrumentos musicais com madeiras recolhidas no lixão. David começou a aprender o ofício da luthieria (fabricação de instrumentos musicais) em 2009.
Desde então, o jovem  seleciona pacientemente madeiras desprezadas no lixão,  para dar a elas uma nova vida e utilidade totalmente diferente. São pedaços de guarda-roupas, gavetas, mesas e até uma caixa de bacalhau da Noruega que, pelas mãos e criatividade do jovem, são transformadas em instrumentos musicais e passam  novamente a fazer parte da vida das pessoas. A diferença é que nesta nova vida, a madeira não vai reproduzir o ruído de uma gaveta se fechando, mas sim, o som harmonioso de uma sonata de Bach, por exemplo.
Com seu trabalho de reciclagem, David já construiu cinco instrumentos musicais: um alaúde, um cavaquinho, um bandolim, um violão barroco e uma rabeca.
David conta que a paixão pela música começou na infância, quando ele assistia aos concertos da Sala São Paulo pela TV. Quando aprendeu a tocar, aos 16 anos, em uma igreja evangélica, o jovem sentiu necessidade de ter o seu próprio violino. Foi assim que ele foi aprender a construir instrumentos e a reciclar madeiras encontradas no lixão.
No começo, David levava os pedaços de madeira para que o seu professor avaliasse se era apropriada para os instrumentos.
David está cursando o último ano do ensino médio. No período da tarde,  ele trabalha como monitor da oficina de luthieria, onde recebe uma bolsa de R$ 450 da Fundação Tide Setúbal, que promove o curso.
Os violinos fabricados por David são de uma versão mais rústica, chamados de rabeca-violino,  por não seguirem as especificações rígidas usadas na fabricação do instrumento.
Segundo o seu professor, Fabio Vanini, o jovem obteve um resultado de qualidade muito rápido para os iniciantes. O professor apoia a iniciativa de David, pois diz que ao utilizar as madeiras do lixão, que já passaram pela prova do tempo, elas não mudarão mais suas características.
Eis aí mais um belíssimo exemplo de dedicação, criatividade e amor pela arte...

GERAÇÕES...

Sou da geração do: Por favor, Bom Dia, Boa Tarde, Eu te amo, Até logo, Obrigado, do respeito aos pais e idosos, de pedir permissão, saudar com sorriso, amar as pessoas pelo que elas são e não o que me dão ou têm de me dar. Tratar as pessoas com carinho, lealdade e honestidade. Assim fui educado! Vamos fazer com que essa ainda seja a melhor maneira!
Você é dessa geração e gosta de como foi criado?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Histórico da Som Brasil

HISTÓRICO DA “PIONEIRA” LUTHIERIA SOM BRASIL
No ano de 1998 José Roberto, Marcos Kautzmann e Marcos Rosa uniram esforços para tornar concreta a idéia de se produzir instrumentos musicais e acessórios de maneira artesanal e com materiais alternativos. O espaço de 120 m² em um pavilhão abandonado no Instituto de Menores foi a área encontrada para dar inicio as atividades. O foco principal era a utilização de fibra de vidro (fiberglass) em instrumentos como violão, cavaco, cubanas, congas, bongôs, afuchês e baquetas. Paralelo a este projeto os sócios desenvolveram, de forma totalmente autodidata, métodos para a produção de instrumentos de percussão em madeira. Assim nascia os produtos com a  marca SOM BRASIL.
Em 1999 foi registrada a empresa Som Brasil Instrumentos Musicais Ltda. Pioneira na fabricação de mix de instrumentos musicais de cordas e percussão no Rio Grande do Sul. Agora instalada em prédio de 240m², contando com 13 pessoas envolvidas diretamente na produção e 4 estagiários da Escola Técnica Federal de Pelotas. Os produtos passam a ser distribuídos para outros estados como SC, PR, MG e GO. Neste mesmo ano o prédio da empresa sofreu dois arrombamentos, e o furto impossibilitou a continuidade dos trabalhos durante três meses.
Já no ano de 2000 a Som Brasil foi instalada em um prédio na Rua Tiradentes com cerca de 100m² e reinicia suas atividades. Contando agora com apenas com um funcionário a empresa produz o necessário para atender apenas algumas lojas dentro do estado do RS. No ano de 2001 a Som Brasil, através de um investidor, aumenta sua escala de produção e funcionários, passando a distribuir seus produtos através de representantes para mais de 80 lojas e atacados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Durante, estes mais de 13 anos, a marca Som Brasil esteve presente em diversos festivais, bandas de fanfarra, bandas marciais, carnavais, conservatórios, escolas de música, bandas musicais e em parcerias com os mais diversos músicos e gêneros. Seja confeccionando instrumentos e acessórios ou através da manutenção destes.
“Som Brasil, simplesmente, pelos músicos e pela música.”